domingo, 31 de janeiro de 2016

A pele dela [+18]

A pele dela era de uma clareza descomunal, daquelas que uma leve pressão já deixava sinais de violação. E deixar uma marca dessas era o que eu mais queria fazer.
O sonho de deixar aquela mulher marcada de prazer me excitava, e estava perto de realizá-lo.
Aquela branca chegou até mim como que pedindo ajuda com seu olhar perdido, depois de uma noite regada a caipirinha de morango que a deixaram sem rumo. E eu caridosamente a levei para o meu quarto pois não era longe dali.
Parece até que quem fazia a caridade era ela, em me deixar pegar aquele corpo macio e conduzir para a segurança de meus lençóis.
Eu era o capacho?
Eu era o sortudo?
Não importava.
Só o que importava era que naquele instante ela estava ali, desfalecida. Se um dia estará novamente eu não sei.
Pelo menos daquela vez dela eu ia cuidar.
Certo que deixá-la despida acordada seria muito mais prazeroso, mas apreciei cada centímetro novo que podia contemplar tirando o vestido justo que ela usava.
Nenhum incômodo sentiu quando a deixei somente com a calcinha azul royal, única peça íntima da noite. Não precisava de mais.
E que curvas artísticas ! !
Dentro do quarto o frio predominava, naquela cidade do sul, mas dentro de mim só havia calor. O melhor a fazer era unir o calor dos corpos num só sob o mesmo edredom. Plena aquiescência, percebida pelo sorriso lindo esboçado quando a abracei por trás e ali ficamos até o amanhecer.

O café já cheirava pelo quarto, esperando que ela despertasse, mas a visão naquele momento era a mais incrível de todas.
O cristal no fino cordão brilhava sobre seus seios livres, refletindo os poucos raios do sol que entrava pela pequena fresta da cortina. Era similar ao brilho que seus olhos tinham quando não estavam cerrados.
A brancura daquele corpo comecei a beijar. Primeiro devagar, minucioso, e depois acelerando aos poucos. A transparência daquele azul royal agora era mais visível, assim como seus rosas inferiores que pareciam pedir por beijos.
Que lindos lábios ! !
Ela não chega a abrir os olhos.
Parece que está sonhando, e se contorce sorrindo de prazer com meus lábios em seu vale macio.
Contemplar aqueles rosas sentindo seu gosto . . . o mundo podia acabar assim . . .
Vai se dando conta e acordando lentamente, absorvendo aquela sensação maravilhosa de prazer, e me olha fixamente. O olhar de aprovação não me fez parar mas sim seguir mais e mais dedicado.
As marcas que eu pensava deixar nela agora se faziam em mim, pois que suas unhas cravavam em minha cabeça, querendo minha língua mais e mais profunda.
Desjejum era o de menos, pois meu banquete estava servido, e o sorvi como o último líquido existente na face da terra.

Línguas se entrelaçaram e indicavam o caminho a seguir.
Aquele dia apenas começava, e sem pressa tudo foi mágico.

A pele dela naquela manhã foi meu caminho, minha rota, e encaixados eu a vi por inteiro.

Dentro de sua alma e de seu corpo.

Pulsar


L.S.

*Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Não vou chorar por você

Você achou que seria fácil assim?
Achou mesmo que eu ia correr atrás?
Pode esquecer. Não sou mais a idiota que eu era.

Foi mal, mas eu não vou chorar por que você foi embora.
Nem pense que vou me descabelar por isso.
O simples fato de termos nos beijado
e de termos transado loucamente, não faz de mim propriedade sua.

Era só desejo, aprendi a perceber.
Não venha me dizer que sente algo diferente,
porque não sou mais trouxa, pra acreditar.

Pensou que eu ia me importar?
Que iria me apaixonar?
Pelo simples fato de ter você dentro de mim por umas idas e vindas?

Não tente dizer o que sente,
porque sei que não é verdade.
Não, eu não vou chorar por você.

Um dia eu fui burra em ter acreditado,
mas foi só uma vez
Mas acontece que o jogo virou.
Não me venha dizer que quer o meu bem, agora.
De boas intenções o inferno está cheio.

Procure outra pra você iludir.


por Mari Pereira




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