domingo, 20 de novembro de 2016

Sobre o colecionador de corações

Ei, não faz isso não tá, garota.
Não se deixe envolver por mim nem pelo meu papo.
Não vamos deixar nossa conversa sair da zona segura de nossos textos, poemas e idiomas. Paremos no idioma mas sem usar o termo "língua", pois dele podem vir outros assuntos...
Até pouco tempo atrás era gostoso ter diversas amizades virtuais sendo diversas confidentes, inclusive. Mas agora não mais.
Se você futucou meus rascunhos deve ter observado um texto chamado "o colecionador de corações", e eu me orgulhava disso. Mas agora eu me pergunto: Pra quê?
Cuidar de corações alheios, repará-los e colocá-los na estante como se fossem meus? Sendo que depois de recuperados eles vão precisar de mais do que o que eu posso dar?
Não vale a pena.
Deixa como está.

Teu namorado aparentemente te ama mesmo do jeito torto dele, e se isso não for verdade ele fará alguma merda e vocês terminarão. Ou conhecerá outra pessoa interessante.
Não serei eu a te mostrar se ele é ou não um cara legal pra você.
Assim foi com a amiga de Guarulhos, que terminou mas já está namorando outro carioca, por sinal. Aliás, estava. Terminaram depois deste rascunho pronto. Soube nesta semana.
Uma gaúcha voltou pro ex marido e está do outro lado do Atlântico.
A outra está por perto, mas na amizade distante e assuntos profissionais, apenas.
A P.A. (não está errado - ela sabe o que significa) também terminou o namoro e pensamos em algo a mais. Mas o tempo fez a poeira abaixar e voltarmos à realidade. Ela vai bem, obrigado!
A mineira que de virtual estava quase virando real, separou-se do marido mas já reatou, e foi melhor nos afastarmos de vez embora ela continue a vendo "por perto", no mesmo local da "rede" em que nos conhecemos. Mas confesso que tá foda acostumar com essa distância.

São coisas deste tipo que eu não quero que aconteça com você, até porque muita coisa do que relatei foi chata no final. Fora outros casos que não mencionei.
Tudo lindo porque fiquei atraído primeiro por sua cabeça/seu pensamento e depois por sua aparência/corpo/sorriso. Seus gostos. Mas fiquemos assim, tá.

O rascunho do colecionador de corações foi deletado, e não quero mais isso pra mim. Também me faz mal, no final das contas.
Nunca quis e não quero iludir ninguém pra que ache que estarei sempre por perto, dando carinho e atenção eternos. Também nunca prometi isso a ninguém.

No fim, o que está errado se ajeita.

E o que está bom, assim deve permanecer.


*Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente.

domingo, 13 de novembro de 2016

O Capítulo que você não leu

Feliz, falante, estudiosa, ansiosa. Adjetivos que sintetizam as opiniões gerais sobre mim. Talvez seja essa, a impressão que causo nas pessoas.
Tudo isso é superficial demais, e unicamente externo, como adornos que compõem somente meu o “ lado de fora”.
O livro chamado “eu” tinha um capítulo que você não leu, e nele havia uma porção de minúsculos detalhes, que compõem a minha personalidade. Você não faz sequer ideia.
No capítulo que você não leu a felicidade nem se mostrava tão intensa assim. Servia mesmo pra mascarar minhas preocupações com o futuro, onde meus esforços diários nas intensas jornadas de estudos são degraus à me levar aos meus sonhos, não ao dinheiro.
O capítulo que você não leu explicava que a ansiedade não era nada mais que um exacerbado desejo de viver, e se você o tivesse lido poderia me ver mais profundamente.
Quem sabe pudesse então enxergar os extremos que vivem em mim e o curioso modo como se relacionam.
Entenderia como a tristeza e a alegria podem coabitar em meu ser.
Enxergaria além do pudor que você observa agora, todo o desejo sucumbido em mim que poderia te fazer arder de prazer por seguidas horas.
Conheceria a verdadeira manteiga derretida que se esconde por trás da “menina grosseira” que supõe .
Mas você , teimoso como é , insiste em julgar o livro pela capa, folheando com desinteresse as páginas, sem sequer chegar ao segundo capítulo.



Com Edu Mariano


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