domingo, 20 de dezembro de 2015

Ninguém disse que era sério

O que está acontecendo, garota?
Por que essa cobrança pra cima de mim, agora?
Quem te disse que nosso lance era sério?
A gente se conheceu bem da forma "caçadora", mesmo. Na rede onde ninguém é de ninguém.
Conheceu não! Nos vimos e gostamos disso, marcamos e "nos amamos" por algumas horas.
Foi bom pra caralho, a primeira, a segunda . . . vc perdeu aquele medo e foi melhor ainda . . .
Show ! ! !
Parabéns pra nós pelas acrobacias e maravilhas que fizemos juntos. Medalha de ouro ! !
Mas nenhum de nós disse que seria sério, que namoraríamos.
E a gente sabia desde o começo que isso não iria acontecer. Não sabia ? ? ?
Ah, vc pensou diferente . . .
Pensou que era a única mulher na minha vida . . .
Pensou que me_teria na hora que quisesse . . .
Desculpe, mas ". . . Esse cara (não) sou eu . . ."
Nunca gostei de magoar ninguém, e sinceramente achei que vc tinha maturidade suficiente pra perceber que éramos uma brincadeira. Um sexo gostoso e nada mais.

Desculpe mais uma vez, mas faz umas coisas pra sua vida a partir de agora:
- Saiba bem o que vc quer de uma pessoa antes de deixar seu coração se envolver;
- Se quiser só o corpo, aproveite só o corpo. Colocamos as roupas e nos despedimos;
- Não fica ligando nem mandando mensagens se não é correspondida nas primeiras vezes. Eu vi. Se não atendi ou respondi é porque tenho meus motivos;
- Pergunte a si mesma o que aquela pessoa te acrescenta, naquele momento ou pro resto de sua vida. Se não achar resposta pergunte pra outra pessoa mesmo. A mim você nunca perguntou;
- Somos bastante jovens ainda, e essa nossa experiência vai te fazer uma mulher melhor depois que você perceber que a fila anda, e que você ainda tem muitos caras pra conhecer. Caras que vão te fazer sorrir, chorar, te dar prazer ou causar dor.

Só não deixe de ter voz e ser você mesma. E aprenda a não depender de ninguém além de você.

A gente se esbarra por aí . . . ou não . . .



*Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Muito obrigado, seu Merda!

Valeu, cara!

Muito obrigado!

Desde o começo, quando você disse ter ficado interessado naquela amiga minha eu sabia que ela não era pro teu bico. Mas como os dois são solteiros, "tenta a sorte", pensei.
O veneno do escorpião escorria, quando te dei corda e te revelei o gosto dela, porque sabia que você não a levaria onde eu recomendei. Não é teu perfil.
Entreguei de bandeja o ouro pro bandido quanto te disse que ela gostava de comida japonesa. Mas você, mané, foi com ela pro barzinho, porra ? ! ?
Até que existem uns legais, mas aquele boteco da esquina da avenida não era pra ela, cara!
Uma mulher inteligente e independente de quase 30 anos que gosta de comida japonesa. Era pra você ter deduzido que ela tinha o mínimo de cultura e merecia lugar melhor. Pelo menos naquela que era a primeira vez que se encontravam (e pelo visto a única).
Se teu paladar não é pra este tipo de comida, fosse pra um restaurante comum, então.
Outra coisa pra tua vida, cidadão: Se você está com uma mulher em um local público, seja um bar, boteco, botequim, restaurante ou na barraca de podrão, especialmente se você pretende ficar com ela, fique com ela!
Nada de sair da sua mesa e ir falar com amiguinho, deixando-a plantada sozinha.
Nem de encher o pote de cerveja e ficar rindo sozinho igual um panaca.

Entenda que pra ficar com uma mulher madura seja lá qual for, você tem que somar. Realmente acrescentar algo na sua vida.
Sua rotina de trabalho invejada por muitos é a mesma dela.
Você ganha melhor do que o mercado. Ela também.
Você tem folga pra curtir e fazer o que bem entender. Ela também.

Então, parceiro, pra conquistar uma mulher como esta, não me leve a mal mas é melhor você ler um pouco mais. Procurar saber/viver um pouco mais sobre as relações humanas. Relações homem x mulher, especialmente. Não sou nenhum Don Juan e não sei de tudo, mas consigo ao menos conversar com muitas das amizades femininas que eu tenho. Consigo ouvi-las.

Já estou escrevendo até demais, mas de certa forma não me preocupo porque não é do teu feitio ler este tipo de página mesmo. Até duvido se chegaste a ler o texto que escrevi pra ela. Até o link eu te mandei. Se leu, não foi capaz de identificar a única palavra que deixava claro que me referia a ela.

Só estou escrevendo agora pra te agradecer, pois conversando sobre teu ocorrido ela desarmou em relação a mim. Aliás, ela chegou a comentar que eu pensava diferente de muita gente mas acho que nem nisso você se ligou.
Agradecer porque percebendo o contraste de atitudes ela finalmente aceitou meu convite pra irmos ao japa, e foi o que fizemos ontem. Foi super agradável, diga-se de passagem, com direito a vinho e tudo mais.
Não. Não "ficamos", se esse é o seu questionamento. Mas isso não importa!
Importa os momentos bons que passamos.
As 3 horas em que estivemos juntos rindo e conversando sobre assuntos diversos.

Ela é como todas as mulheres de respeito, que querem e precisam de alguém que possa se dedicar a elas por completo. Sabemos que não sou esse, mas com toda essa história ela percebeu que não sou um psicopata que vai sair tentando agarrá-la e beijá-la. Esse foi outro erro seu.
Não vou dizer que não a desejo e nem a vejo como mulher. Mas não será na minha hora e sim na hora dela.
Ou pode nunca acontecer.
Mas uma coisa que não vou fazer é fechar as portas.

Obrigado mesmo, cara!

De coração!

Até por mostrar logo de cara quem você é e não iludir uma pessoa que considero demais.

Valeu!

 

R.S.

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sábado, 21 de novembro de 2015

Desculpe minha falta de carinho, amor

          Amor, me desculpe.
          Sei que nunca fomos assim e que nunca passamos tanto tempo afastados, mas ultimamente está sendo duro pra mim. A tensão tem me dominado. Tenho cometido lento suicídio me desdobrando só pensando em trabalhar e superar as dificuldades de nossa vida. Mas cansa demais fazer tudo isso e ao fim do dia chegar à nossa casa e encontrar tudo desarrumado porque você não foi capaz de mover uma palha ou assoprar uma poeira que seja do lugar. Não quero ser aquela chata que só cobra de você. 
          Acho que não precisamos disso. 
          Somos adultos.
          Queria ter na volta pra casa ao menos um sorriso de apoio, um abraço bem forte que me fortaleça e me prepare pro dia seguinte. Não é demais querer nosso cantinho arrumado e bem cuidado por você, pois que não existe pessoa melhor pra fazer isso. Sentiria orgulho e você não é capaz de imaginar o quanto isso me deixaria confortável. 
          Daí você pode até se questionar o porquê de eu não te procurar, como mulher. Acontece que o desânimo me cutuca a todo instante e só quero a nossa cama pra me recuperar da batalha, pois eu não posso fraquejar. Não tenho esse direito.  
          Nosso amor sempre foi maravilhoso e eu nunca perdi ou perderei o interesse em você. O desejo por você. Mas se não consigo me dedicar a você agora é porque tudo que já citei tem me sufocado. Nesse momento outra mulher poderá chegar e representar a tua tábua de salvação, uma forma de te dar o que está faltando de mim. Mas ao mesmo tempo isso ensurdecer-te-á para esse meu pranto mudo e seco. 
          Tenho que ser forte.
          Não verás o quanto preciso de ti, meu amor.
          Essa batalha sempre foi nossa. Passou a ser desde o dia em que decidimos dividir o mesmo teto e vivermos pra sempre juntos.
          Nós dois precisamos deste suor da sobrevivência da mesma forma que do suor na nossa cama. Sei disso então voltemos à nossa parceria de outrora, por favor! Quando um confortava o outro dos aborrecimentos do dia azedo, do chefe mal encarado ou do motorista que nos fechou no trânsito.
          Quero nossas risadas constantes de outros tempos, a alegria do passeio despretensioso e assim, meu anjo, nosso amor de fato renascerá. Porque somos fortes e verdadeiros.

          Volte a ser minha vida, meu apoio. E me entenda. 

          Não é demais pedir isso.


          "Um barco só se movimenta se ambos os remos estiverem na mesma direção"




E & G

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Esqueça de mim (fique por perto)

Pode me esquecer
          Não deixe de me dar atenção
Já te falei que não suporto esse lance de traição, pois já fui traída
          Você se faz tão livre, tão atencioso que me sinto a sua única
Sei que você é comprometido e que não vai querer nada sério comigo
          O perigo me atrai, e estou adorando esse nosso jogo
Hoje mesmo vou me afastar de você
          Difícil ficar longe de tudo isso
Não pense que eu vou ceder às suas brincadeiras
          Nunca deixe de se despedir com aquele beijo na minha boca
Você deve ser assim com todas, e eu sou só mais uma no seu cardápio
          Consegue me fazer acreditar que tudo é meu. Meu banquete
Nem tente me conquistar com sua boa escrita
          Pra sempre vou guardar o que você escreveu pra mim
Nem mesmo te conheço pessoalmente
          Parece que já nos conhecemos a tanto tempo . . .
Não quero que você pense mais em mim
          Sempre levante minha moral com seus elogios
Não me deseje mais
          Deixe-me saber de você babando com as minhas fotos
E nunca ouse tocar em mim
          Não deixe de me devorar com os olhos
Se um dia eu vir você vou fingir que não o conheço
          Vou correr pra te beijar, querendo ser sua
Quem sabe virar as costas e pensar que nem te vi
          Rezando pra que me agarre com força e me pegue no colo

Por isso, meu caro, a partir de hoje não me procure mais
          Ai de você se sumir de minha vida


M.P.



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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Foi bom te reencontrar

Oi, garoto!

Muito bom te encontrar agora, depois de tanto tempo.
Na verdade é como se estivéssemos nos conhecendo, já que nunca tivemos um contato tão forte, tão próximo. A distância entre as nossas famílias e diferenças de idade fizeram com que a distância aumentasse entre nós dois.
Mas crescemos e essa diferença de idade já não influencia tanto, e podemos coincidir em muitos pensamentos, opiniões e realidades.
Mesmo estando relativamente perto fisicamente estivemos todos esses anos separados, e talvez hoje nem nos reconhecêssemos se nos cruzássemos pela rua.
Interessante descobrir tudo isso: Trilhamos caminhos diferentes, mas nessa hora passamos ao lado do outro, abrimos a janela e  perguntamos “tudo certo?”, ”como tens passado?”.

Pois é, você não soube uma vírgula do que eu vivi.
Cresci aqui do outro lado.
Trouxeram-me pra cá ainda criança, sem chance de escolha.
Fui muito amada SIM.
Sorri demais mas também sofri e chorei.
Quis mais amigos, quis conforto. Quis família, quis abraço.
Casei. Não deu certo.
Tentei outra vez. Sem sucesso.

Agora sou essa que você está enfim “re-conhecendo”.
Esta pedrinha de gelo, que hoje não se importa com o que pensam ou deixam de pensar sobre.
Quero fazer o necessário pra viver a minha vida, ter meu bem estar e cuidar do meu futuro. Minha saúde.
Alguns me acham metida, egoísta, ou sei lá o que mais. Pelas costas.
Isso me dói um bocado, mas hoje já não machuca mais.
Já me habituei.
A vida me ensinou a ser assim, e esta sou eu. Desse jeito que você vê.
Talvez sejamos mesmo parecidos em alguns aspectos como você diz, e por isso esses dias de conversa vem sendo tão legais. Diferentes.
Toda mulher gosta de ser ouvida, quer colo, e isso eu já vi que você faz bem.

Bom te reencontrar.

Bom estar por perto outra vez.


T.A.


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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Noite perdida - Você não gosta de mulher.

Sinceramente eu achava que aquela noite seria boa . . . ilusão.
Quando combinamos de nos encontrar aqui em São Paulo, pensei que passaríamos por momentos divertidos juntos. Eu queria isso.
Momentos interessantes ou românticos, talvez, pois não até então eu não sabia se você tinha percebido ou não meu interesse. Além disso, nunca tivemos tamanha oportunidade de conversar à vontade, já que nosso trabalho não permite tal aproximação.
Ali seríamos só nós dois.
O programa escolhido por você não foi exatamente o que eu planejava após te buscar em Congonhas. Sabia que a noite não seria o melhor momento pra você conhecer a Paulista, dado a quantidade de prostituição em alguns trechos e mais ainda descendo pela Augusta.
Percebi sua surpresa negativa e sua aversão.
Nesse momento cheguei a pensar que você teria planejado uma boate ou algo do tipo pra nossa noite.
Ok, comer algo antes . . . está com fome . . . muito tempo viajando . . . Outback foi a opção. Escolhida por mim, né ! ! (kd o emotion de zangada?)
Será que a noite esquentaria por lá então? De estômago cheio?
Vá lá, tudo bem que você não quisesse me acompanhar na cerveja Zero Grau, mas pedir café gelado foi foda!
Tenho que confessar: a cerveja que a princípio seria pra me deixar alegrinha pra você agora servia só pra me afogar, pra evitar mais decepção pela noite já perdida.
Porra, tá me achando uma "amiguinha" sua?
Não sentiu ou sente nada por mim ? ! ?
Queria tua língua fazendo festa na minha boca e você preocupado com a porra do molho rosé que estava picante?!
Melhor saída pra mim foi mesmo me enterrar na cerveja, até porque pelo menos a merda da conta você ia pagar, né.
Por isso mesmo eu até abusei, e será que o boneco (ou boneca) ia me ajudar, agora que eu chamei o Raul?
Pois é. Sempre poderia piorar . . .
Não pode ser. Ficou com nojinho ou com ciúmes do Raul, ou Hugo, chame como quiser. Mas sei que coloquei tudo pra fora, com vontade de mirar tudo em você.
Ok, então você dirige e me leva pra casa, ou quem sabe pro seu hotel, porque presumo que lá você sabe chegar, né.
Seria uma boa você me dar banho e na madrugada, já recuperada, daríamos coisa melhor um pro outro. O teor etílico continuava em alta, e você abusaria de mim.

Ah, desculpe.
Você se assustou.
Não era assim que imaginava.
Parece que a menina na história é você, e se assustou com o meu interesse.
Fui rápida demais . . . voraz demais . . . te espantei, foi ?
Desculpe, mocinha . . .

Perdi uma noite e ainda tive que dirigir sozinha pra minha casa.
Perdi mais uma chance de uma balada ou algo beeeeemmm melhor com alguém que saberia bem o que fazer de mim.

Tudo certo.

Fica tranquilo que ninguém do nosso trabalho vai saber que banquei a palhaça esperando algo de alguém que não é chegado . . .



C.G & J.J.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Da Inércia em um relacionamento


          Nunca fui chegado às ciências humanas, mas considero que muitas coisas delas são facilmente explicadas pelas ciências desumanas (ou exatas). A lei da “ação e reação” por exemplo, se encaixa perfeitamente em muitas situações do cotidiano, mas uma lei que estou passando a odiar é a tal da inércia.
          O relacionamento começa como manda o figurino, com os dois se conhecendo e se encantando com o universo um do outro. As diferenças são uma descoberta, um desafio que vale a pena ser encarado. Chega a ser gostoso, muitas vezes. Certos incômodos como o jeito de falar alto ou de lidar com certas situações são facilmente tolerados. Um aprendizado constante e quando se percebe já passaram um bocado de tempo juntos, inclusive conhecendo os problemas da pessoa. Se nada acontece de diferente na sua vida ou ninguém diferente aparece pra te trazer um novo encanto, aquele sentimento e a vontade de querer bem aquela pessoa vai permanecer e ainda crescer. Eis a ação da inércia. Você agora só quer ajudá-la a sair de seu mundinho de mesmice e cobrança da sogra, até que na loja de departamentos você passa direto pela prateleira de chocolates e vai em direção à que tem um utensílios de cozinha. Aí é que a coisa começa a ficar mais séria e concreta. Começando pelo estômago, é lógico. Depois de mais de uma década você já nem vai mais recordar se as alianças vieram antes ou depois disso. Tanto faz.
          Daí ao casamento, alegrias, primeiras dificuldades, emprego novo, cidade nova, experiências, retorno. Tempo que passa, família, novo lar e por aí vai. A entrega da mulher à essa nova vida é enorme e impressionante. Muitos homens não conseguem lidar. Eu achei que eu conseguiria. Extremamente complicado quando a aventura dá lugar à responsabilidade, e é compreensível, mas o que não é compreensível é a chatice de se perder o encanto ou deixar de se arrepiar com a surpresa de um carinho nos locais específicos do corpo, por exemplo. A delícia de estar um dia sozinhos em casa e fazer sexo na cozinha, em cima da pia, no sofá da sala ou no banho juntos de porta aberta, se atracando dali até a cama e lá desfalecerem de gozar.

           Mais do que nunca isso agora é permitido! É necessário!

          A inércia da vida e do cotidiano pode fazer tudo isso se perder. O companheirismo vai substituir a surpresa, a tara de se jogar em cima do outro, ou se deixar despir violentamente em plena luz do dia e deixar o prazer acontecer. A calcinha de ladinho na transa dentro do carro dará lugar ao sexo poucas vezes na semana, com o requisito da combinação perfeita entre filme, comida japonesa, sono das crianças e ausência de menstruação. Com isso a ausência de problemas domésticos. As cobranças passam a ser mais constantes, e a maneira de se reagir aos problemas ou o tom de voz passam a ser insuportáveis.
          Sir. Isaac Newton que me desculpe, mas a porra da inércia é que fode com tudo. Porque ninguém chega pra você na hora de uma escolha dessas e diz que você vai crescer, amadurecer, poderá conhecer (ou viver) outros relacionamentos diferentes, outras realidades e quem sabe, cruzar com alguém que tenha mais semelhanças contigo do que a pessoa que você está escolhendo pra ficar junto na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. A coisa vai toda no automático. Não quero dizer que isso é uma regra e que todos que casam cedo estão fadados a serem infelizes. Quero apenas enfatizar que chega uma hora que a pessoa cansa de ceder para a outra. Vai chegar o final de semana em que você vai querer fazer tudo diferente, ou não fazer nada, e isso vai causar uma estranheza tremenda. Vai chegar uma hora em que aquela respostinha malcriada que era considerada engraçada pra evitar briga, ou até se levava na sacanagem, passa a ser insuportável. O comodismo, o mau humor, a falta de privacidade, intimidade e cada coisa pequena, cada cicatriz de birras e brigas entre vocês, cada sonho adiado... tudo isso vai contar e vai engordar a lista dos motivos pra cair fora.
           Então, puta que pariu! Só o que eu digo pra quem vier a ler isso é que avalie bem antes de juntar os trapinhos com alguém que tem uma quantidade razoável de diferenças em relação a você, e pense se há necessidade de arriscar mesmo ou se vale a pena esperar um pouco mais até conseguir alguém que seja tão louco ou tão certinho quanto você é. Ou não conseguir ninguém, mas que se foda! O mais importante é estar feliz. Viver momentos felizes nem que seja sozinho. Porque depois que você estiver com a vida estruturada, não vai querer deixar o lar que conquistou (aram) e além disso, amará perdidamente as crias que houverem (se houverem), de modo a não querer que elas sofram com a separação. Você também não vai querer se afastar do carinho deles.

          Aí meus caros, será necessária uma grande decisão, onde agirá a primeira lei que citei: “ação e reação”.





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domingo, 11 de outubro de 2015

O que escrever de ti . . .


O que escrever de ti, mulher madura?
Não recordo te ver triste um dia.
Nem imagino teus olhos rasos d'água.
Teu nariz vermelhinho, quem sabe.

Mas prefiro continuar assim,
sem prever teu olhar perdido.
À noite sem dormir, em silêncio e peito aflito.

Não demonstras qualquer fraqueza.
Nem ao menos querer ajuda.
Não se abala com a aspereza dos homens,
erguendo-se como fênix a cada queda.

Absorve as pancadas da vida.
Calada por fora, por dentro chora sozinha.
E num passe de mágica a covinha reaparece,
indiferente a quem te aporrinha.

Prefiro assim:

Mulher madura.
Mulher segura.

Segura na minha mão
Segura, nas minhas mãos

Mentira. Nunca estarás.
Nas mãos de ninguém a não ser pra andar junto.
Ninguém te segura,
independente e dona do mundo.
Do seu mundo.


Nesse coração eu vou entrar,
e teus sentimentos decifrar.
Querendo, estarei sempre aqui,
e meu colo te darei assim assim.



R.S.


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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Não tenho pressa em possuir-te [+18]

Não tenho pressa em possuir-te.
Pode continuar fazendo seu jogo.
O jogo faz parte do protocolo, e se não nos atracamos em outro momento agora vai ser inesquecível.
Como uma sopa que se come pelas beiradas, aos poucos entro em teu espaço.
Na melhor hora terei você de um jeito único.
Chegarei ao centro desse prato.
Logo logo alcançarei teus encantos.
Cederás a minhas carícias e abrirás tuas portas pra me receber.
Nossos caminhos estão cruzados assim como o cruzar de tuas pernas será desfeito.
Tocarei teus caprichos, teus segredos.
Meu território meu caminho meu destino.
Se teu coração ainda exploro devagar, o mapa de teu corpo já possuo há tempos.
Olhar de raio x não se engana.
O meu tantas vezes já te despiu.
Contigo sonhei e suado acordei.

Teu olhar me abriu as portas.
Desde então por perto estive.
Teu juízo vais perdendo.
Teus muros em queda livre.

O tempo do calendário te reserva meu calor.
O que é meu eu te ofereço.
Suor, paixão, loucura, tesão . . . amor.



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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A viagem perfeita #SQN - Confiança jogada no lixo


O vinho não era o Lambrusco como ela tinha pedido. Não houve tempo hábil para a compra porque a comunicação falhou. O desejo de fazer a surpresa para ela foi maior do que tempo para procurar o tal e os frios. Mesmo assim passar aquele final de tarde e noite com ela e depois viajarem de volta ao Rio era o que mais importava. Pé na estrada mesmo sem ter conseguido falar com ela.
O encontro foi gostoso. Há tempos que ele queria encontrá-la fora daquele ambiente hostil de trabalho. Tudo seria diferente. Aquele abraço caloroso de quem não se via fazia quase um ano. Por muito tempo só o contato telefônico havia. A rede social também os mantinha conectados, falando sobre tudo um pouco. Trabalho, pessoas, viagens, relações, sexo . . .
Sempre existia a brincadeira carinhosa que era peculiar dele. O carinho que ele dedicava àquela pequena era verdadeiro e muitas vezes parecia recíproco. Ela não deixava passar disso.
Muitas risadas foram dadas e muitas histórias contadas, regadas a qualquer outro vinho tinto suave, que era o que ela gostava. Depois de tanto tempo que eles se conheciam, esta era a primeira vez que se encontravam sem rigidez no horário e mais ainda livre, agora no ambiente dela. Arrumar a casa junto foi super tranquilo. Ela passaria duas semanas fora. Esvaziar a geladeira e não deixar nada sujo pra evitar bichos nojentos e mal cheirosos pela casa, e outras pequenas coisas foram feitas com prazer pelos dois. Tudo era divertido.
Tudo pronto e a hora ainda permitia um cochilo até o momento de irem pra rodoviária. Foi lindo quando ela dormiu encostada sobre o peito dele como que num piscar de olhos. Ele também cerrou os olhos, mas não sem antes acariciar aqueles cabelos que tanto apreciava.

Despertador tocou, e poucos instantes após levantarem e escovarem os dentes com aquele sorrisinho no canto da boca, lá estava o táxi a esperá-los.
Já no ônibus a felicidade por estarem juntos era clara, e o peito dele foi outra vez o local preferido para o repouso. Assim permaneceram por muito tempo. Ele não quis dormir, pois não queria arriscar roncar, pela posição em que estava, e também porque não queria perder um segundo da visão daquela com a qual havia sonhado por tanto tempo ter nos braços. O pensamento se misturava entre acariciar aqueles cabelos outra vez e ousar descer as mãos pelos pequenos seios, tamanho "boca", parando este movimento descendente no meio daquelas pernas. Sentir a maciez de seu vale.
Mas até que ponto seria permitido ? Arriscar ou não? Ou será que era isso que ela sempre esperou? Momento passou e a porta se fechou?
Ele queria escrever cada detalhe, pra depois eternizar aquela noite em um texto, mas as palavras não vinham. A dúvida e a vontade de tocá-la rondavam a cabeça, mas o medo de estragar tudo foi maior. Certamente ele dormiu depois disso. Se roncou ou não, ela nada comentou. O que aconteceu depois não foi de grande destaque a não ser as duas caras amassadas descendo na rodoviária, despedindo-se com um abraço bem forte e um beijo gostoso de agradecimento pela companhia, daquele de quem quer dizer "adorei. A gente se vê".

Agora cada um foi pro seu lado:
Ela indo tomar a condução para o trabalho;
Ele para a sua casa, com a certeza de fez uma das maiores burradas de sua vida.

A viagem de fato aconteceu, mas o "conto de fadas" foi na cabeça dele, pois uma desculpa sem nexo impediu que se encontrassem. Justificativas idiotas para não encontrar aquele que ela conhecia já a algum tempo e supostamente entendia e gostava. Não entendeu merda nenhuma e não teve qualquer consideração. Difícil crer alguém não valorizando a presença de um amigo distante na sua cidade, quase na sua rua.
"Não estou legal e preciso dormir um pouco". Tá com medo de quê? Ele não ia violentá-la, idiota! Do contrário, vai cuidar de você! Abraço de carinho e uma boa conversa era o que lhe bastava, sua burra!
O cinema sozinho foi o que ele curtiu pra passar o tempo até seu ônibus que seria 6 horas depois. Viagem já perdida e o ônibus dela 8 horas depois, não foi difícil trocar a passagem pra irem juntos e constatar definitivamente o sentimento que havia por parte dela, especialmente.
Aquela pessoa supostamente triste por ter vacilado com alguém que a considerava desapareceu no encontro de verdade. Ela agora estava na vantagem. Virou a mesa pois ele tomou a porrada e ficou pra tomar outra. Conversa amena na viagem, e repulsa quando ele acariciou os cabelos. Nenhum gesto físico de carinho. A negativa saiu da boca dela mesma.

Na despedida os braços dele aguardavam ao menos um abraço daquele corpo alvo. Nem isso. A boca nada beijou.
Um "tchau. Valeu, fulano" foi o que ele ouviu enquanto nem pra trás ela olhou.
Saiu dali se sentindo um merda total.

Sentimento não durou muito. Sua cabeça ficou leve ao perceber que só quem perdeu foi ela.
Perdeu um cara disposto a fazer muitas merdas no seu caminho já traçado, pra ficar com ela.
Perdeu aquele que buscava ajudá-la em tudo que precisava, fosse no trabalho ou fora dele.
Aquela mulher que ele achou em certo momento que tinha muito a ver, com alguns pensamentos e gostos semelhantes, maneira de encarar o mundo e até alguns planos, se mostrou ser três pessoas numa só. Uma ao telefone, outra no computador, e outra completamente diferente pessoalmente.
Essa pessoa ele não quer mais. Deixou de ser o problema. Essas atitudes o fizeram perceber que os mundos são diferentes e que o dele é muito melhor. Cego, achava que o jeito que a dita-cuja vivia era o que o faria feliz também. Ledo engano.
O cartão que ele a presenteou no ônibus, falando de amizade, pode ser rasgado e jogado no lixo. Tudo o que estava escrito nele já fora rasgado pelas palavras e acontecimentos deste episódio.

Dois meses se passaram.

Ele não mais a procurou, como sempre fazia (só ele);

Ela ainda mandou mensagem, falando só sobre trabalho . . .

Só pra isso ele servia . . .



A.G.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Fuga da realidade

Escrever da vida real é bem difícil, às vezes.

A escrita flui melhor quando se está fora da realidade, e a fuga de minha realidade pode acontecer facilmente de forma lícita. É caminhar na rua vendo coisas diferentes, pessoas diferentes, deixar se levar pela conversa despretensiosa com a menina que pede a casquinha na sua frente, ou um passeio pelo universo de uma mente amiga que te procura pra dizer qualquer besteira.

Estar no trabalho me tira da realidade. Por isso não tenho escrito tanto. Lá parece que existe outra vida, outro mundo, outras vidas. Pouco mais de 200 vidas se misturam, fazendo um todo que tem que funcionar perfeitamente.

Uma vida real temporária na qual me permito viajar dentro de mim mesmo.

Fico impressionado na forma que certas pessoas buscam para sair da realidade. De droga já bastam as desilusões do caminho, as decepções com as pessoas das quais mais esperávamos encontrar paz e divertimento.

Minha viagem é dentro de minha mente, por onde me permito estar apaixonado, feliz, decepcionado ou de qualquer forma que desejar.

Sobriedade pra rir depois de tudo isso. De meus próprios desabafos e desatinos.

Minha droga de hoje e sempre é o teclado.




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domingo, 30 de agosto de 2015

Ser vários em um só

Quem é o "eu" verdadeiro?
Ser vários me permito, é certeiro.

Sou amigo sou parceiro,
sou amante sou canalha.
Sou a mão do companheiro,
a pegada que te abala.

Pra alguns pareço tranquilo
e pra outros sou tarado.
Posso ser o ombro amigo,
e o abraço apertado.

Fazer rir de soluçar,
tomara nunca fazer chorar.
Sou colo pra você deitar,
e colo pra você brincar.

Falo de amor e de amizade.
De sabor. Paixão selvagem.

Mas sou um só se eu disser que de você eu vou cuidar.
O mesmo amigo que você vai encontrar,
no bate-papo, ao telefone celular ou à mesa do bar.
Na visita inesperada a te encontrar.
Não ouse não pense em vacilar,
pois toda confiança vai ficar pra trás e verás
que então perdeste um homem capaz
de fazer tudo pra te ajudar.

Respeito, atenção e carinho fiel você teria,
mas vai encontrar minha palavra seca e fria.
Pouca coisa falaria, do contrário você choraria.

Verdadeiro, não se assuste.
Direto e sincero. Melhor assim.
Impossível que eu mude.
Ame, odeie ou queira a mim.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Amadurecimento

Se tem uma coisa que venho concluindo com o tempo, essa coisa é o quão interessante passam a ser as relações humanas a partir do momento em que o homem cai em si e se enxerga como um cara um pouco mais maduro. Quando uma pergunta já não o embaraça mais e ele começa a largar umas tiradas mais legais, que provocam reações surpreendentes até pra ele mesmo.

Em se tratando de iniciar um relacionamento, a timidez cansou de me proporcionar decepções na adolescência tais como, passada a hora H eu perceber (ou ser avisado) que fulana estaria afim em mim. E quando não havia nenhuma mulher interessada, e o interesse era meu ? Aí é que fodia tudo, porque faltava o assunto. Faltava aquele papo inacreditável com o qual em menos de 5 minutos o cara consegue ao menos beijar a mulher, na balada.


Com as porradas que a vida tem me dado, venho sendo forçado a aprender a não contar cegamente com o sucesso na abordagem ao sexo feminino, estando preparado para uma possível repulsa. A gente vai aprendendo que um grande trunfo é "não fazer total questão", e não correr literalmente atrás de uma mulher como se ela fosse a última.

Ok, mas com bilhões de mulheres no planeta você foi gostar justamente daquela ! Só que fez errado. Perdeu oportunidades (até de ficar calado).

Estou aprendendo que, quando se perde o "timing" de ficar com uma mulher pela empolgação, pela novidade de estarem se conhecendo, a pior coisa que se pode fazer é ficar "cercando", "arrozando". Se ela valer a pena, ela irá te reconhecer na hora certa, e aí realmente será sua de uma forma plenamente consciente e especial. Ou não ! O "servo" santinho que está sempre solícito, à disposição pro que der e vier, pode muito bem ser dispensado quando um cafajeste chegar fazendo sorrir a sua tão desejada idolatrada salve salve mulher. Aquela velha história do príncipe encantado que faz todos os mimos de rainha, enquanto o lobo mau sente melhor o cheiro, escuta melhor, enxerga melhor e ainda vai comê-la.

Pois é, otário ! Você fez tudo isso e não comeu !

O "medo de perder" o que nunca se teve só dificulta as coisas, e faz com que o cara haja como um cachorrinho, correndo atrás da mulher e fazendo de tudo para agradá-la, se decepcionando com a negação e/ou com o afastamento. Não quer dizer que ela não goste. Ela sabe você tem interesse, carinho e tesão por ela, mas isso não vai fazer com que ela resolva te dar de uma hora pra outra só porque você está sendo atencioso. Estou aprendendo que não dá pra ajudar a quem não quer ser ajudado, e que uma inversão de papéis pode ocorrer de forma surpreendente e curiosa quando se muda de postura. O fato de se mostrar por perto mas deixando que ela tenha seu espaço, pode fazer com que ela não só passe a te procurar mas que também veja em você um porto seguro, um cara que vai sempre apoiá-la.

O velho jogo feminino sempre vai ocorrer, e daí pro cara fazer a cagada de voltar a ser aquele chato meloso de outros tempos é um pequeno passo. Pra não ficar esperando a "recompensa" por se mostrar completamente apaixonado, toda cautela é recomendada, e é aí é que eu volto à questão do amadurecimento: Ela sabe muito bem que você sente tesão por ela e a devora com os olhos e pensamento a qualquer hora. Mas o que você acha de trocar a expressão "fiz isso porque gosto de você" (e espero algo em troca) pela expressão "fiz isso porque achei que você ia gostar" (mas foda-se, se não gostar) ? Sutil diferença, que distingue o cara grudento e apaixonado do homem atencioso mas descolado, confiante e ao mesmo tempo preparado pra não receber nada além de um sorriso como agradecimento.

Hoje e cada vez mais opto por ser o segundo.

Impede que eu me machuque de graça.



 *Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nem me ligue . . . (mensagem recebida)



Nem me ligue. Não atendo.

Eu não quero mais casar com você

Eu nem ligo mais

Eu vou casar com outro

Eu até vou namorar com ele, já

Aí eu nem vou olhar mais suas fotos

E nem sentir mais saudades

Nem pensar em ti mais, à noite

Nem de madrugada

E nem vou ouvir música pensando em ti

e . . .

É isso

Eu nem queria casar mesmo . . .


M.M.



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domingo, 23 de agosto de 2015

Da despedida que não ocorreu



A vida às vezes nos prega umas peças, e a cada dia que passa ensina que não devemos esperar tanto das pessoas. Cada vez mais as elas agem pensando apenas nelas, sem procurar saber o quanto uma atitude tomada poderá abalar outra pessoa. Prometer o que não se pode cumprir ou que não fará qualquer esforço para tal é um exemplo.
Fugiu às pressas da vista, eliminando qualquer possibilidade de encontro. Foi-se embora sem despedida e agora a mente dá sermão, fazendo engolir a seco:
“Tomou um toco, otário! E daí ?
Achava mesmo que ia rolar a despedida? Ainda mais da forma que você planejou, Mané!
Eu mesma, tua intuição, tua ‘bolinha de cristal’, como você me chama, já tinha te avisado dias antes que nenhuma despedida ia acontecer. Que ela não ia voltar especialmente pra te encontrar. Já estava cansado de saber mas não queria aceitar!
Não se tocou que, se você fosse realmente importante como imaginava, não estaria tanto tempo sem vê-la passando sem te notar. O amigo distante já basta (bastava). Em tempos de isolamento você faz muito bem a ela (ou não). Faz bastante diferença (ou não). E isso bastava, ô babaca! Fodam-se os micos que você pagou, infantil, pensando em ser gentil enquanto estava ao alcance das mãos e dos olhos! Pro canto empoeirado das lembranças o tempo em que vocês riram um bocado juntos onde qualquer contato físico era proibido. Tudo isso junto com as dezenas de cartas, textos e chocolates, dedicados e presenteados, músicas e tudo mais. O incentivo mesmo que distante e o contato virtual clandestino.
O que mais você queria, afinal?
Era certo o que fazia?
Vai ficar mesmo insistindo, querendo que ela seja sua um dia, se não pode prometê-la mais do que algumas horas mentirosas de sua atenção, sem saber quando a verá novamente?
O sentimento é lindo... tanto carinho... dá pra escrever um livro... romanticuzinho ...
Acha mesmo que é só isso que ela precisa?
Você pensa que a conhece tanto e não enxerga que ela precisa de alguém que possa de fato dedicá-la todo seu tempo sem a prender. Ou nem isso. Deixá-la ficar em seu mundo de amigos de bebedeira e eventuais fodas vazias pode ser a opção esperada, também. Avalie tudo isso.
Então, parceiro, se ‘esse cara’ não é você, fica na tua e espera sentadinho até que um dia, quem sabe, você possa dar tudo o que ela quer e precisa, se é que ela quer. Mas não obstrua sua visão achando que ela estará te esperando pra ser seu ‘salvador’, quando ela se tocar. Se ajudá-la mesmo que distante dela te fazia bem, parabéns. Agora desencana! Não espere nada em troca. Viva a sua vida que é o melhor a fazer.
Siga seu caminho sem esperar que um dia ele volte a se cruzar com o dela.
Segue o baile do tempo...”

A.G.



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