domingo, 11 de outubro de 2015

O que escrever de ti . . .


O que escrever de ti, mulher madura?
Não recordo te ver triste um dia.
Nem imagino teus olhos rasos d'água.
Teu nariz vermelhinho, quem sabe.

Mas prefiro continuar assim,
sem prever teu olhar perdido.
À noite sem dormir, em silêncio e peito aflito.

Não demonstras qualquer fraqueza.
Nem ao menos querer ajuda.
Não se abala com a aspereza dos homens,
erguendo-se como fênix a cada queda.

Absorve as pancadas da vida.
Calada por fora, por dentro chora sozinha.
E num passe de mágica a covinha reaparece,
indiferente a quem te aporrinha.

Prefiro assim:

Mulher madura.
Mulher segura.

Segura na minha mão
Segura, nas minhas mãos

Mentira. Nunca estarás.
Nas mãos de ninguém a não ser pra andar junto.
Ninguém te segura,
independente e dona do mundo.
Do seu mundo.


Nesse coração eu vou entrar,
e teus sentimentos decifrar.
Querendo, estarei sempre aqui,
e meu colo te darei assim assim.



R.S.


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