domingo, 28 de maio de 2017

Tá foda ser brasileiro...

Tá foda mesmo!
Pensei muito antes de decidir escrever esse texto aqui, porque não queria que tivesse uma conotação política, partidária, etc. Já tem muita gente falando disso e eu não vou ser mais um.
Peço desculpas por não estar contando história feliz agora, mas a vida real acaba trazendo essas coisas à tona.
Não dá pra ficar o tempo todo vivendo no mundo ilusório e sonhador quando a sujeira fede cada vez mais perto da gente afetando nossa saúde, e não quero acreditar que as melhores saídas pra esse país são o Antônio Carlos Jobim, ou o André Franco Montoro.
Não quero acreditar que ele não tem jeito, e quero fazer a minha parte, mas tá foda!

Honestidade tá perdendo feio, e o povo é quem paga...
Falar palavrão agora é permitido, inclusive pro professor. E ai dele se colocar o "de menor" pra fora de sala, quanto mais reprová-lo.
Recordo que minha professora da quinta série ameaçou me colocar pra fora de sala caso eu pronunciasse mais uma vez a palavra "sacanagem".
E hoje aluno manda professor tomar no cu "amparado pela lei".
- Tadinho, pode estar sofrendo bullying...
No meu tempo não tinha essa porra, e eu tomava era chinelada, se desrespeitasse alguém.

Fora o orçamento que não fecha.
Lazer é pouco e anda caro.
Tudo aumenta, e a gente tem que fazer greve pra tentar um aumentozinho de merda.
Não posso ir à praça depois de certa hora porque a marginalidade impera.
As cracolândias da vida.
O PM não recebeu e por isso não vai meter a cara, sob o risco de bandido (mais bem armado que ele) esculachar e tirar sua vida, deixando sua família desamparada em um Estado falido.
O médico não tem recurso pra atender o pobre, mas o delator vai pro Sírio Libanês.
O que era crime deixou de ser.
Bandida é absolvida.
Trabalhador vai se foder e morrer de trabalhar pra sustentar a mamata, enquanto o empresário tem dívida perdoada...

Que merda!

Cresci aprendendo a respeitar as pessoas e a ter apenas aquilo pelo qual sou merecedor, enquanto uma corja imensa leva nossa grana descaradamente, além do leão. Pra ganharmos... patavinas. Ou os repasses.
A empresa já não me paga como antes. O abono não vem e tenho que estar sorrindo por ainda estar empregado, porque metade da minha rua não está. Mas o valor da escola das crianças e do material não sossegam. Os olhos da cara e do...
A viagem tá postergada, por tempo indeterminado.
Já cantava o Stephan junto com seu pai, D2 "... beleza, comida tá na mesa, mas pro dólar dar uma baixada é uma tristeza..." Comida tá na mesa e levantemos as mão pro céu, porque tantos lares estão sem.
"... Pé na areia, a caipirinha, água de coco, a cervejinha..." hoje só na voz do Nogueira, e o pé na areia é à caminho do mar, pra pedir à Iemanjá que nos dê energias pra seguir, sem fazer merda, manter os bons princípios e passá-los pros nossos filhos. Água de coco pra hidratar. Cerveja e caipirinha pra fugir da realidade.

Outro texto desabafo que perdeu seu rumo.
Romantismo se esvai, quando sua pátria mãe gentil vai se quebrando.
Quando sua esperança num futuro melhor pros seus vai dando lugar à imensa vontade de ir embora...

Desculpem mais uma vez. Vida Real é isso... tá no nome.

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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Wish You Were Here

Acordei nublada, sem trovejar, apenas garoando...
Ao passar do dia, comecei a chover mais forte, o clima aqui dentro estava ficando cada vez mais negro e pesado.

São tantas coisas para suportar, tantas bagagens pesadas para carregar, tanto tempo disfarçando os sentimentos e usando aquela armadura para me proteger, sendo ¨forte, decidida e segura" apenas por fora, enquanto por dentro tudo se desfazia em dores e sofrimento, percebendo os sentimento e as expectativas sangrarem sem cessar.

Sinto falta das coisas que não foram, do que poderia ter sido mas não aconteceu, de quem eu gostaria que estivesse entre nós mas na verdade nem chegou a existir, de cada minuto lindo que poderia ter existido na minha vida se a vontade de Deus tivesse sido outra.

Agora estou aqui, vazia, de braços abertos e vazios, sozinha com minha dor e meu luto, procurando alguém que possa me acolher, compreender, escutar e me dar esperanças...

...alguém que sinta a mesma dor que eu, que confesse ter perdido a fé em muitos momentos, mas que ainda tenha um pingo de esperança para me dar e me ajudar a seguir adiante com esse enorme nó na garganta, com essa vontade de pedir socorro e gritar pro mundo sobre a falta que eu sinto aqui dentro dos momentos que não vieram mas que poderiam ter existido.


Linda